Resiliência

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Resiliência

Superar é preciso e em meio a tantas reviravoltas da vida, ser resiliente também é.

Vamos começar com um exemplo: um dos mais famosos comediantes, Charles Chaplin. Abandonado pela mãe, encarou a pobreza e as ruas arduamente e depois disso, fez e faz muita gente rir, até hoje.

Com certeza ele foi uma pessoa resiliente. Mas não precisamos ir muito longe, existem pessoas resilientes na nossa rua, na nossa cidade, no nosso trabalho e família. E independentemente de características de personalidade, ou inteligência, ou classe social.

A definição de resiliência é a “capacidade de enfrentar situações”. Mas diversos estudos apontam que a nossa resiliência é ativada muito mais em momentos de conflito do que de felicidade.

Nas situações de conflito, o estresse é recorrente. E por isso também conseguimos relacionar resiliência com estresse.

A resiliência é um processo, e não um atributo ou uma característica. Ela é uma aptidão que pode ser compreendida, praticada cada vez mais e reforçada, quando pensamos no conteúdo emocional que já foi envolvido.

Imagina-se que com uma maior idade e maturidade a resiliência também seja maior. No entanto, podemos encontrar níveis de resiliência diferentes nas mais variadas idades. É só pensarmos em uma criança e como ela lida com os problemas. Muito mais desapegada que uma pessoa da terceira idade, por exemplo.

O não resiliente apresenta certas características típicas:

Considera-se azarado, apresenta baixa autoestima, depende de iniciativas de outrem, perde o controle algumas vezes, é insistente, perde as ambições com o tempo, entre outras.

Mensurar o grau de resiliência de uma pessoa é uma tarefa complicada, pois necessitaria de respostas para as mais diversas

atitudes e situações. No entanto, Paulo Sabbag, professor da FGV, criou uma escala que relaciona nove aspectos:

  • Autoeficácia: crença na capacidade de realizar ações para atingir um resultado esperado.
  • Solução de problemas: agir solucionando um problema sem perder o controle das emoções.
  • Temperança: controle da impulsividade. Manter a frieza em situações de pressão
  • Empatia: compreensão o outro com base em referências dele mesmo
  • Proatividade: propensão de agir em busca de novas e criativas soluções
  • Competência social: abertura para receber apoio dos outros como também a procura por isso
  • Tenacidade: relacionada a transformação, deixando de lado a negação
  • Otimismo: ser otimista para com as situações que ocorrem, tentando enxergar sempre o lado positivo
  • Flexibilidade mental: maior tolerância à ambiguidade e maior criatividade.

Assim, é possível descobrir os pontos mais fortes de um ser e com isso nós podemos entender como ser mais resilientes. Nós somos os nossos próprios cuidadores, se não fizermos isso por nós mesmos, dificilmente outro alguém vai fazer.

Portanto, com otimismo e com os outros 7 aspectos acima, a nossa resiliência pode ser aprimorada e assim as situações serão enxergadas com outra visão e as dificuldades encaradas com mais facilidade. Seja resiliente, tenha forças e viva melhor.

Baseado no livro Resiliência por Paulo Yazigi Sabbag

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